quinta-feira, 22 de maio de 2025

Leitura da Tese: A Poética Selvagem de Sérgio Medeiros

Olá, leitores!

Em 2023, defendi minha tese de doutorado intitulada A Poética Selvagem de Sérgio Medeiros. Por decisão própria, a versão integral da tese não foi publicada na biblioteca da universidade, pois eu tinha a intenção de lançá-la como livro.

Como até o momento esse projeto editorial ainda não se concretizou, decidi disponibilizar o texto completo online, para que pesquisadores, estudantes e leitores interessados na obra do poeta Sérgio Medeiros possam ter acesso ao conteúdo.

Você pode acessar e ler a tese completa por meio do link abaixo:

👉 Clique aqui para acessar a tese A Poética Selvagem de Sérgio Medeiros

Agradeço o interesse e desejo uma boa leitura!

Abraços,

Sirley Rojas

sexta-feira, 28 de março de 2025




 Durante meu mestrado, aprofundei meus estudos no livro "O Século da Canção", de Luiz Tatit. Aprofundando-me nos processos de composição descritos por Tatit, fiquei bastante empolgada e decidi aplicá-los na prática. Com isso, comecei a compor músicas para testar as abordagens mencionadas pelo autor. O resultado de todo esse processo levou à criação de várias obras, incluindo a música "Felicidade", que compartilho com vocês agora.

sexta-feira, 14 de março de 2025


 

"Maria de Verdade" de Carlinhos Brown: Uma Análise Musical Profunda 🎶

Você já parou para ouvir com atenção a canção "Maria de Verdade" de Carlinhos Brown? Se não, prepare-se para uma viagem emocional e sonora única! Neste vídeo exclusivo, vamos explorar o que torna essa música tão especial. Entre ritmos envolventes, letras poéticas e uma performance impecável, Carlinhos Brown nos transporta para um universo onde a música e a poesia se encontram em sua forma mais pura.

A canção, que se destaca pelo seu ritmo contagiante e melodia sofisticada, não é apenas uma homenagem a uma mulher chamada Maria, mas também uma reflexão sobre a luta, o amor e a força feminina. Brown consegue, com maestria, mesclar sua identidade musical única com uma mensagem poderosa, capaz de emocionar e engajar a todos.

Aperte o play e acompanhe nossa análise detalhada sobre como a música foi construída, quais influências moldaram essa obra e como ela se conecta com temas atuais de nossa sociedade. Prepare-se para ver "Maria de Verdade" sob uma nova perspectiva!

Não perca! 🎥👇

segunda-feira, 10 de março de 2025


 Homenagem Especial no Mês das Mulheres: "Maria de Verdade" de Carlinhos Brown

Queridos leitores,

Em celebração ao mês das mulheres, preparei uma homenagem muito especial para todas as mulheres incríveis que fazem do mundo um lugar mais forte e bonito! 🌸

Gravei um vídeo com uma mensagem emocionada, que já está disponível no meu Instagram @sirleyrojas2 e no Facebook, sob o nome Sirley Rojas. A mensagem que compartilho é dedicada a todas as Marias:

"Parabéns a todas as Marias! Maria bonita, Maria guerreira, Maria amada! Maria que luta dia a dia pela sua existência!" 💪❤️

A canção que acompanha este vídeo é a emocionante "Maria de Verdade", de Carlinhos Brown, que ficou conhecida pela interpretação poderosa de Marisa Monte. Uma música que traduz com beleza e emoção a força e a essência feminina.

Na próxima postagem, farei uma análise especial sobre como a letra e a melodia dessa canção se entrelaçam para criar uma obra tão tocante. Fique ligado(a)!

segunda-feira, 10 de junho de 2024

    

             Dicionário de Hieróglifos de Sérgio Medeiros

        O poeta Sérgio Medeiros é natural de Bela Vista, cidade de Mato Grosso do Sul, que fica na fronteira entre Brasil e Paraguai. Suas obras evidenciam a cultura ameríndia e questionam os limites entre humanos e não humanos, a partir de traços, palavras e imagens. A poética de Sérgio Medeiros, mesmo com a possibilidade de ser lida à luz dos pressupostos postulados pela ecocrítica, apresenta aspectos singulares que vão além de uma leitura mais tradicional dessa corrente teórico-metodológica. Essa singularidade se constitui na conjunção que o poeta faz da tradição indígena, ecológica e ambiental a experimentalismos formais, como a escrita assêmica, a fim de tensionar categorias como humano, animal e vegetal. Uma obra povoada por muitos seres e espécies diversos, enfim, cruzamentos que permitem orientações conceituais em muitas direções.

Em Dicionário de Hieróglifos, a sensibilidade outra de Sérgio Medeiros no pelos viventes não humanos continua aflorando e/ou germinando. O protagonista desse singular dicionário é um rio, o rio Apa, que abraça sua cidade natal, Bela Vista.  A relevância desse rio, cujo nome é um palíndromo, ou seja, pode ser lido da esquerda para a direita ou vice-versa, um nome poético que para o autor se transforma em 72 páginas de poemas visuais acrescidos por um dissílabo repetido em todo o livro, o qual indaga o que vem primeiro: se a letra ou o hieróglifo. O livro foi publicado no blog do poeta, cuja postagem aconteceu em 25 de abril de 2020. Ao lado do livro, há a seguinte nota explicativa:

Este livro de poesia visual é o catálogo de uma exposição e também a galeria virtual do poeta e artista Sérgio Medeiros. Nas 72 imagens que cobrem as "paredes" desta galeria, o dissílabo "apa" aparece caligrafado de várias formas e prenuncia duas grandes palavras: "aparecer" e "desaparecer", que nunca são escritas. Linhas horizontais, cortadas por uma linha vertical, compõem o hieróglifo fundador que serve de suporte para as letras e para outros hieróglifos: é a imagem do curso e das ondas do Apa, um rio dos confins do Brasil (2020, n.p.). 

O dissílabo “apa” aparece de diversas formas nesse livro-poema-imagem de Medeiros. Aliás, ele é o livro. Usando o referido dissílabo, o poeta coloca em evidência a formação de palavras, já que com o acréscimo de sufixos e prefixos apa forma os vocábulos aparecer e desaparecer (velar e des-velar) e, embora esses termos não estejam visíveis para leitura no livro-poema-imagem, tanto o dissílabo “apa” e o nome próprio “Apa” aparecem e desaparecem reiteradas vezes:

 



Fonte: MEDEIROS, 2020, p.36

É possível saber mais sobre essa obra lendo o artigo “Dicionário de Hieróglifos: as cores representando a memória da fronteira” disponível em https://www.academia.edu/80778343/Dicion%C3%A1rio_de_Hier%C3%B3glifos_as_cores_representando_a_mem%C3%B3ria_da_fronteira

 

segunda-feira, 27 de maio de 2024

 Bom dia pessoal tudo bem?

 Hoje resolvi falar um pouco mais sobre um artigo meu que foi publicado na revista Miscelanea da Unesp. Neste artigo eu falei um pouco sobre poemas de Waly Salomão musicados por Jards Macalé e por Adriana Calcanhoto. Nele analisei as canções Vapor Barato e Pista de Dança, busquei por meio da relação entre música e poesia, ressaltar suas semelhanças, tensões e diferenças, dadas as mudanças culturais ocorridas entre as décadas de 1960/70 e a atual. Utilizei como suporte teórico, principalmente, os trabalhos de Solange Ribeiro de Oliveira, José Miguel Wisnik e Luiz Tatit. Para isso, fiz uma análise do tropicalismo, procurando compreender a inserção de Waly Salomão nesse movimento, por meio dos estudos de Haroldo de Campos, Augusto de Campos, Heloísa Buarque de Hollanda, dentre outros. Segue o link do artigo para quem tiver interesse em lê-lo na íntegra <  https://www.academia.edu/76270914/Entre_a_Letra_e_a_Melodia>.


Essa relação de letra e melodia que me debrucei no artigo citado acima e também em minha tese de mestrado foram bastante discutidas na palestra show que o poeta e cantor Arnaldo Antunes fez recentemente na UFMS. Quem teve a oportunidade de participar pode ouvir Arnaldo Antunes falar sobre essa relação e como ela é complexa, porque ao mesmo tempo em que as duas linguagens, a canção e a poesia, se aproximam, também se distanciam. A letra da canção é praticamente um poema e o poema possui musicalidade em sua letra, logo as duas artes divergem e convergem, ao passo em que são linguagens distintas


. Estudar a relação das duas é algo que busco desde o mestrado e recentemente mantenho essa pesquisa tanto com a produção de artigos como por meio de pesquisas realizadas no IFMS onde sou docente. Em breve trarei
um pouco mais sobre esse trabalho com a música e a poesia.


segunda-feira, 20 de maio de 2024


Babilaques,experimentações de Waly Salomão

 As experimentaçõesões de Waly Salomão, em especial os Babilaques, são vistas por alguns críticos como únicas na poesia brasileira, como para o artista plástico Luciano Figueiredo (curador da exposição dos Babilaques no Rio de Janeiro em agosto de 2007 e em São Paulo em julho de 2008), que vê essa inovação criativa de Salomão, para a arte brasileira, como os Calligrammes de Apollinaire. Após a exposição Waly Salomão: Babilaques - Alguns Cristais Clivados, que aconteceu no Rio de Janeiro no ano de 2007, foi lançado um catálogo com as 90 fotos expostas e com textos de artistas falando sobre os babilaques.

Série Contrutivista Tabareu, fotografada por Marta Braga (RJ,1977). Fonte:http://walysalomao.com.br/?page_id=14. Acesso em: 16 de jan. de 2009.



Série Amalgâmicas, fotografada por Marta Braga e Santo Graalfico, também fotografada por Marta Braga (RJ 1976). Fonte: http://walysalomao.com.br/?page_id=14. Acesso em: 16 de jan. de 2009.